Porto Novo, 10 Ago (Inforpress) – O Governo e os municípios de Santo Antão estão “empenhados” em dotar esta ilha, “a médio prazo”, de um aterro sanitário, infra-estrutura, que será localizada no Porto Novo e que poderá custar cerca de 200 mil contos.
Santo Antão, sobretudo nos municípios da Ribeira Grande e do Paul, enfrenta uma situação de emergência em termos de tratamento e gestão dos resíduos sólidos, que está a preocupar o Governo e as autarquias.
De imediato, os municípios pretendem deslocalizar, para um sitio mais adequado, a lixeira em Ribeira Brava, já considerada um problema de saúde pública e ambiental em Santo Antão, mas a falta de recursos financeiros tem adiado a resolução do problema.
Desde 2016, a Associação dos Municípios de Santo Antão (AMSA) tem procurado mobilizar, sem sucesso, junto do Governo e de outros parceiros, uma verba à volta de 30 mil contos para deslocalizar a lixeira intermunicipal, que fica situada nas imediações da Ribeira Brava, no enfiamento da estrada Porto Novo/Janela.
Governo diz estar “trabalhar com as câmaras municipais na mobilização do financiamento para a construção do aterro sanitário de Santo Antão, infra-estrutura que se vai localizar nas proximidades de Morro de Tubarão, no município do Porto Novo.
A solução para “os graves problemas” que Santo Antão enfrenta em termos de gestão dos resíduos sólidos, que se colocam com maior acuidade nos municípios do Paul e Ribeira Grande, passa pela construção do aterro sanitário, nos próximos anos, admite o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva.
Os municípios de Santo Antão dizem-se, igualmente, “empenhados” na procura do financiamento para a instalação do aterro sanitário desta ilha, que depara-se, actualmente, com uma situação “extremamente difícil” em matéria de recolha e gestão do lixo.
Segundo o edil do Porto Novo, o aterro sanitário vai ser um projecto do Governo, mas as câmaras estão também envolvidas na mobilização de parcerias, com vista à implementação deste projecto.
Os santantonenses têm estado, insistentemente, a manifestar a sua preocupação com a situação da lixeira intermunicipal da Ribeira Brava, que consideram já “um problema de saúde pública” que está a ter impacto negativo no turismo.
Além do lixo que está a invadir a estrada, os condutores que transitam, diariamente, nessa via têm manifestado ainda a sua preocupação com queima dos despejos, situação que, a seu ver, está ainda a dar “uma má imagem” à ilha de Santo Antão.
Os serviços da protecção civil na ilha têm estado, igualmente, a alertar para o perigo que a queima do lixo representa para os veículos, sobretudo para os que transportam combustíveis e gás, uma vez que a lixeira fica mesmo junto à estrada.
JM/CP
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